Na hora de oferecer serviços como empréstimos e financiamentos, cada banco vai fazer de tudo para te convencer que ele é o ideal para você, mas se você encontrar uma oferta melhor depois, como saber quais os bancos que fazem a portabilidade de dívida?
A portabilidade ainda é pouco explorada pelos brasileiros tendo em vista os milhões de dívidas ativas com juros acima do mercado, no entanto, um estudo revelou que as solicitações de portabilidade, apesar de serem poucas, tem um índice médio de sucesso de 75%.
Esses dados revelam que os bancos fazem a portabilidade de dívida, sim, mas como funciona este processo? Veja o artigo até o final e descubra.
O que é a portabilidade de dívida?
Amparada na resolução 3.401 do Banco Central do Brasil, a portabilidade é uma medida que visa estimular a concorrência entre os bancos e instituições financeiras.
Uma vez que o cliente não é obrigado a ficar preso a um banco, os mesmos passam a ter que se mexer para oferecer melhores condições e taxas de juros.
A portabilidade de dívida entre bancos é uma saída criada para o consumidor ter mais autonomia e não fique refém dos bancos. É uma boa saída para quem contraiu uma dívida que se tornou muito cara, veja exemplo:
Você contratou um empréstimo pessoal no banco A, no entanto, depois de alguns meses os juros e o valor da parcela ficaram pesados e você ficou devendo, mas o banco B te oferece tarifas menores, nesse caso você pode pedir a portabilidade.
Veja também: Como funciona a portabilidade de financiamento imobiliário? [GUIA DEFINITIVO]
Quais os bancos que aceitam a portabilidade de dívida? Existe alguma taxa?
Antes de mais nada é importante deixar claro: todos os bancos fazem a portabilidade da dívida, na verdade, se trata de um direito do consumidor, ou seja, toda instituição tem que liberar o cliente caso ele queira passar sua dívida para outra empresa.
Desde que o novo banco entre em um acordo e quite o valor em aberto, a instituição que detém o contrato é obrigada por lei a liberar o cliente. Isso não quer dizer que ela não tentará te dissuadir, neste caso, vale a pena levar os dados que você tem e negociar.
Em muitos casos, os bancos preferem um refinanciamento de dívida do que perder um contrato, por isso, aproveite essa autonomia para conseguir o melhor acordo. A cobrança de taxas para realizar o procedimento também é proibida, mas existem exceções.
Para financiamentos imobiliário e de veículos existem alguns custos que devem ser acrescentados no montante. As principais são as taxas de avaliação dos bens, que vão definir quanto eles valem atualmente e os encargos de cartório, para passar um bem de um banco para outro.
Compra de dívida e portabilidade são a mesma coisa?
Sim, basicamente o ato de comprar uma dívida significa que um banco irá quitar a sua dívida com outro e firmar um novo contrato com você. Com isso, os juros são reduzidos e os prazos e valores de parcela podem ser renegociados.
Para estar apto para isso você precisa ter pago a quantidade mínima de parcelas do empréstimo ou financiamento atual, este parâmetro é geralmente informado em contrato logo quando você firma o mesmo. Depois disso você precisará:
- Solicitar um documento com o saldo atualizado da dívida, nele deve conter os seguintes dados:
- Número de contrato;
- Saldo devedor atualizado;
- Demonstrativo da evolução do saldo devedor;
- Modalidade de crédito;
- Taxa de juros anual, nominal e efetiva;
- Prazo total e remanescente;
- Sistema de pagamento;
- Valor de cada prestação (especificando o valor do principal e dos encargos);
- Data do último vencimento da operação.
- Com essas informações em mãos, você deve pesquisar em outros bancos e instituições para comparar o seu contrato atual e buscar uma opção mais vantajosa;
- Após escolher para onde quer migrar sua dívida, você deve se dirigir ou entrar em contato (alguns bancos só realizam este procedimento pessoalmente) com o banco escolhido e dar entrada com o pedido de portabilidade;
- O mesmo irá te oferecer uma proposta, uma vez aceita, ele te pedirá em torno de 5 dias úteis para entrar em contato com o banco que possui sua dívida para quitá-la, só assim, seu novo contrato passa a valer.
Veja também: Portabilidade de dívida de cartão de crédito: o que é? Como funciona? Onde fazer e prós e contras?
Em que cenário é vantajoso fazer a portabilidade de crédito?
Agora que você já sabe quais os bancos que fazem a portabilidade de dívida, talvez esteja animado para mudar de banco, certo? Neste momento é preciso ter calma e ponderar quando vale e quando não vale a pena a portabilidade, veja alguns casos.
Quando vale a pena optar pela portabilidade?
- Menores taxas de juros: uma das principais razões da portabilidade existir é justamente impedir a cobrança de juros abusivos, mas muitos bancos possuem taxas próximas, por isso, pesquise antes e compare;
- Valor total da dívida menor: a ideia por trás da portabilidade também é reduzir o tamanho total da sua dívida, por isso, lembre-se sempre de fazer o cálculo do custo efetivo total, que considera todas as taxas e tarifas previstas em contrato;
- Melhor atendimento: um ponto menos decisivo, mas muito importante é o bom atendimento, por isso, pondere também essa questão e não aceite menos do que você merece enquanto cliente.
Quando não vale a pena optar pela portabilidade?
- Contratos próximos do vencimento: em casos de contratos já no fim, será mais interessante buscar formas de renegociar esta dívida do adquirir uma nova que terá um prazo maior e no montante ter um valor maior, mesmo que a quitação te dê um alívio financeiro em um primeiro momento;
- Taxa de juros igual: como dissemos, a ideia da portabilidade é trocar uma dívida cara por uma mais barata, se a taxa de juros for a mesma você pode até conseguir um prazo maior e uma parcela mais em conta. Mas, pode acabar pagando o mesmo ou mais, por isso, tente primeiro a renegociação do contrato.
E aí, já sabe quais bancos fazem portabilidade de dívida? Já sabe onde fazer o seu? Aproveite e conheça nossos artigos sobre a portabilidade de cartão de crédito e como fazer portabilidade de salário com dívida atrelada.
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