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O que acontece se atrasar as parcelas do financiamento?

atrasar as parcelas do financiamento

Veja o que acontece se atrasar as parcelas do financiamento e o que fazer para evitar esse tipo de problema de acontecer e evitar dor de cabeça. Além de saber como se reorganizar para não prejudicar seus objetivos financeiros.

O que é e como funciona um financiamento?

Um financiamento é uma modalidade de crédito oferecida por instituições financeiras (como bancos) para a compra de bens ou serviços de valor elevado, como imóveis, veículos, ou até mesmo para projetos como a construção de uma casa. No financiamento, o cliente não precisa ter o valor total à vista, podendo pagar em parcelas ao longo do tempo, com juros e encargos.

Como funciona o financiamento?

  1. Escolha do bem ou serviço: A primeira etapa é o cliente escolher o bem (imóvel, carro, etc.) ou o serviço que deseja adquirir.
  2. Solicitação do financiamento: Após a escolha, o cliente vai até uma instituição financeira (banco, financeira, cooperativa de crédito) e solicitar o financiamento. O banco analisa o perfil financeiro do cliente para verificar sua capacidade de pagamento.
  3. Análise de crédito: A instituição financeira faz uma análise de crédito, considerando o histórico financeiro do solicitante, score de crédito e a relação entre renda e dívida (ou seja, quanto da renda mensal já está comprometida). Esse processo é para garantir que o cliente conseguirá honrar as parcelas do financiamento.
  4. Valor financiado e entrada: Em muitos casos, o cliente precisa dar uma entrada (uma porcentagem do valor total) e o restante será financiado pela instituição financeira. Por exemplo, no financiamento imobiliário, pode ser necessário um pagamento de entrada de 20% a 30% do valor do imóvel.
  5. Contrato e prazo de pagamento: Após a aprovação, a instituição e o cliente assinam um contrato de financiamento, que estabelece:
    • O valor total financiado.
    • O prazo de pagamento (que pode variar de alguns meses a décadas, dependendo do tipo de financiamento).
    • A taxa de juros aplicada.
    • O valor das parcelas.
  6. Taxa de juros: A taxa de juros é a cobrança adicional feita pela instituição financeira em troca do crédito concedido. Essas taxas podem variar dependendo do tipo de financiamento e das condições do mercado. Existem dois tipos principais de juros em financiamentos:
    • Juros fixos: A taxa de juros permanece a mesma durante todo o período do financiamento.
    • Juros variáveis: A taxa de juros pode variar conforme as condições do mercado financeiro, sendo ajustada periodicamente.
  7. Parcelas: As parcelas mensais são compostas por duas partes:
    • Amortização: Parte que reduz o valor principal da dívida.
    • Juros: Custo do empréstimo cobrado sobre o saldo devedor.

    Dependendo do modelo do financiamento, pode haver diferentes sistemas de amortização, como:

    • SAC (Sistema de Amortização Constante): Onde o valor da amortização é fixo, mas o valor dos juros vai diminuindo ao longo do tempo, fazendo com que as primeiras parcelas sejam maiores e diminuam ao longo do financiamento.
    • Tabela Price: As parcelas são fixas ao longo de todo o financiamento, com o valor dos juros sendo maior no início e diminuindo gradualmente, enquanto a amortização aumenta com o tempo.
  8. Garantia do financiamento: Em financiamentos de grandes valores, como imóveis ou veículos, a instituição financeira pode exigir que o bem financiado seja dado como garantia (alienação fiduciária). Isso significa que, até a quitação do financiamento, o bem pertence legalmente à instituição, e em caso de inadimplência, o bem pode ser retomado para cobrir a dívida.
  9. Pagamento das parcelas: O cliente deverá pagar as parcelas regularmente conforme o contrato. Atrasar as parcelas do financiamento pode resultar em juros adicionais, multas e, em última instância, a perda do bem financiado, além de prejudicar o score de crédito do cliente.

Principais tipos de financiamento

  1. Financiamento Imobiliário:
    • Usado para a compra de imóveis residenciais ou comerciais.
    • Geralmente tem prazos longos, de até 30 anos, e taxas de juros menores em comparação a outros tipos de financiamento, devido à segurança proporcionada pelo imóvel como garantia.
  2. Financiamento de Veículos:
    • Destinado à compra de automóveis novos ou usados.
    • O prazo é geralmente mais curto (até 5 anos) e as taxas podem ser mais elevadas, dependendo do perfil do cliente e do veículo financiado.
  3. Financiamento Estudantil (FIES):
    • Oferecido para estudantes que precisam de crédito para pagar mensalidades de cursos superiores.
    • No Brasil, o FIES é uma das opções mais conhecidas, com juros subsidiados pelo governo e pagamento após a conclusão do curso.
  4. Financiamento para Empresas:
    • Empresas podem buscar financiamento para adquirir equipamentos, expandir suas operações ou desenvolver projetos. Esses financiamentos podem ser oferecidos por bancos ou agências de fomento, como o BNDES.

Vantagens do Financiamento

  1. Acesso a bens de alto valor: O financiamento permite que as pessoas adquiram bens e serviços que seriam difíceis de comprar à vista, como imóveis e veículos.
  2. Parcelamento: A possibilidade de pagar em longos prazos, com parcelas que se ajustam ao orçamento, torna o financiamento mais acessível.
  3. Juros menores em comparação a outras formas de crédito: Em financiamentos, especialmente imobiliários, os juros tendem a ser mais baixos do que em modalidades como o cartão de crédito ou empréstimo pessoal.
  4. Planejamento financeiro: O financiamento permite que o comprador organize melhor suas finanças, pois as parcelas são previstas e podem ser ajustadas ao longo do contrato.

Desvantagens e Cuidados

  1. Juros acumulados: Como em qualquer crédito, os juros aumentam o custo total do bem. Se o financiamento se estender por muitos anos, o valor pago pode ser significativamente maior que o preço à vista.
  2. Comprometimento de longo prazo: Assumir um financiamento significa comprometer parte da renda por um longo período, o que pode limitar a capacidade de contrair outras dívidas ou investir em outros projetos.
  3. Risco de inadimplência: Se o cliente não conseguir honrar os pagamentos, pode enfrentar multas, juros altos e até perder o bem financiado, como o imóvel ou o veículo.
  4. Cuidado com as parcelas: Mesmo que as parcelas sejam baixas, o acúmulo de outros financiamentos ou despesas pode comprometer o orçamento. É importante planejar adequadamente.

Veja também: Entendendo os benefícios do financiamento de casa da CAIXA

O que acontece se você atrasar as parcelas do financiamento

Atrasar as parcelas de um financiamento pode trazer diversas consequências negativas, tanto financeiras quanto legais, dependendo do tipo de financiamento e da instituição financeira envolvida. A seguir, estão as principais consequências de não pagar as parcelas em dia:

1. Cobrança de Juros e Multas

Quando você atrasa o pagamento de uma parcela, a primeira consequência é a cobrança de juros e multas sobre o valor devido. Esses encargos variam segundo o contrato, mas normalmente incluem:

2. Impacto no Score de Crédito

Atrasar as parcelas de um financiamento afeta diretamente seu score de crédito. O atraso é reportado para os serviços de proteção ao crédito, como SPC, Serasa ou Boa Vista, o que pode resultar na redução do seu score e na negativação do CPF. Isso pode dificultar a obtenção de novos créditos no futuro, como financiamentos, cartões de crédito ou empréstimos.

3. Perda de Benefícios e Condições Contratuais

Alguns financiamentos oferecem benefícios ou condições especiais (como taxas de juros reduzidas ou programas de fidelidade) para quem mantém os pagamentos em dia. Ao atrasar as parcelas, você pode perder essas condições favoráveis e passar a pagar uma taxa de juros mais alta ou perder a participação em programas de benefícios, o que aumenta o custo total do financiamento.

4. Renegociação ou Refinanciamento da Dívida

Se o atraso for constante ou prolongado, a instituição financeira pode propor uma renegociação ou um refinanciamento da dívida. Isso pode envolver:

5. Ações de Cobrança

Se o atraso nas parcelas persistir, a instituição financeira pode iniciar ações de cobrança, que podem ser feitas diretamente ou por meio de empresas especializadas. As ações de cobrança podem incluir:

Essas cobranças podem ser frequentes, gerando incômodo e aumentando a pressão para regularizar a situação.

6. Registro em Órgãos de Proteção ao Crédito

Caso o atraso persista, a instituição pode registrar o nome do devedor nos órgãos de proteção ao crédito, como o SPC e Serasa, o que resulta na negativação do CPF. Isso pode ter as seguintes implicações:

7. Perda do Bem Financiado (Alienação Fiduciária)

Em financiamentos de bens com alienação fiduciária, como financiamento de imóveis ou veículos, o bem financiado serve como garantia para o pagamento. Se o atraso nas parcelas for prolongado, a instituição financeira pode, em última instância, tomar o bem.

8. Ação Judicial

Se o atraso das parcelas do financiamento persistir e as tentativas de cobrança não tiverem sucesso, a instituição financeira pode entrar com uma ação judicial para cobrar o valor da dívida. Nesse caso, além dos valores devidos, você pode ter que pagar custas processuais e honorários advocatícios, aumentando significativamente o valor da dívida.

9. Penhora de Bens

Em situações mais graves, se a dívida for judicializada e o devedor continuar inadimplente, pode haver a possibilidade de penhora de bens, como imóveis ou veículos que o devedor tenha registrado em seu nome, para saldar a dívida.

10. Impossibilidade de Usar o Bem

Em financiamentos como o de veículos, se o cliente atrasar muitas parcelas, a instituição financeira pode limitar o uso do bem. Isso acontece quando o veículo é alienado fiduciariamente, e a instituição pode impedir que o proprietário faça o licenciamento do carro, impossibilitando o uso legal do veículo.

O que fazer ao atrasar as parcelas do financiamento?

Se você perceber que não conseguirá pagar as parcelas do financiamento ou já está em atraso, existem algumas ações que você pode tomar para minimizar os danos:

  1. Entre em contato com a instituição financeira: Ao perceber que não conseguirá pagar, busque imediatamente a instituição que concedeu o financiamento. Muitas vezes, é possível renegociar as condições ou pedir um adiamento do prazo.
  2. Renegocie a dívida: Tente renegociar o saldo devedor com a instituição financeira. Algumas vezes, é possível reduzir o valor das parcelas, estender o prazo ou até obter descontos nas multas e juros.
  3. Priorize o pagamento de dívidas: Se tiver diversas dívidas, priorize as que têm as taxas de juros mais altas, como o crédito rotativo e financiamentos, e as que podem levar à perda de bens essenciais, como o imóvel ou o veículo.
  4. Busque consultoria financeira: Se o descontrole financeiro for grande, buscar a ajuda de um especialista em finanças pode ser útil para reorganizar suas dívidas e criar um plano de pagamento.

Veja também: Financiamento para construir casa: entenda como solicitar

Como evitar o descontrole financeiro

Evitar o descontrole financeiro ao ter um financiamento é essencial para garantir que você consiga honrar seus compromissos e manter a saúde financeira. O financiamento pode ser uma ótima maneira de adquirir bens de valor elevado, como imóveis ou veículos, mas exige planejamento e disciplina para que ele não se torne um fardo. Aqui estão algumas dicas práticas para evitar o descontrole financeiro ao lidar com um financiamento e evitar de atrasar as parcelas do seu financiamento:

1. Faça um Planejamento Financeiro Detalhado

Antes de contratar qualquer tipo de financiamento, é crucial ter um planejamento financeiro sólido. Isso envolve:

2. Escolha o Financiamento Adequado ao Seu Orçamento

Ao contratar um financiamento, é importante escolher um que esteja dentro da sua capacidade financeira. Não se baseie apenas no valor do bem, mas também nas condições do financiamento:

3. Tenha um Fundo de Emergência

Ter um fundo de emergência é uma das melhores formas de evitar o descontrole financeiro. Esse fundo deve ser equivalente a pelo menos 3 a 6 meses de despesas e serve para cobrir imprevistos, como perda de emprego, emergências médicas ou consertos inesperados.

4. Acompanhe e Controle Suas Despesas Regularmente

Depois de contratar o financiamento, é essencial monitorar constantemente suas despesas e receitas. Isso te ajudará a manter as finanças sob controle e evitar gastos além do planejado.

5. Evite Assumir Novas Dívidas

Se você já tem um financiamento, seja de imóvel, veículo ou outro bem, é importante ser cauteloso ao assumir novas dívidas.

6. Pague as Parcelas em Dia

Pagar as parcelas do financiamento dentro do prazo é essencial para evitar juros adicionais, multas e o acúmulo de dívidas.

7. Cuidado com Parcelamentos de Longo Prazo

Embora financiamentos de longo prazo tenham parcelas mais baixas, eles também podem significar mais juros pagos no total. Além disso, quanto maior o prazo, mais você estará comprometido financeiramente por anos.

8. Evite Compras por Impulso

Um dos maiores riscos para o descontrole financeiro é o consumo impulsivo, especialmente ao adquirir bens de alto valor com financiamento.

9. Priorize a Quitaçāo Antecipada

Sempre que possível, considere a possibilidade de quitar o financiamento antecipadamente. Muitas instituições financeiras oferecem descontos nos juros quando você antecipa parcelas ou quita a dívida antes do prazo final.

10. Eduque-se Financeiramente

A educação financeira é uma ferramenta poderosa para manter o controle sobre suas finanças. Quanto mais conhecimento você tiver sobre gestão financeira, investimentos e crédito, mais preparado estará para tomar decisões conscientes e evitar armadilhas financeiras.

Gostou do conteúdo? Veja este também: Como escolher o meu financiamento ideal?

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