Considerar o CET de um financiamento é primordial para sua tomada de decisão, mas é importante diminuir o CET ao contratar seu financiamento, para assim ter uma maior economia. Ao contratar um crédito, você deve mitigar ao máximo seus custos para o bem do seu planejamento financeiro, então considere todos os custos antes de contratar o financiamento. Veja a seguir mais informações sobre.
O que é o CET?
O CET (Custo Efetivo Total) é uma métrica financeira que representa o custo total de um financiamento ou crédito. Ele inclui não apenas a taxa de juros do empréstimo ou financiamento, mas também todos os outros encargos que podem incidir sobre o valor total a ser pago pelo cliente, como:
- Taxas administrativas.
- Taxa de abertura de crédito (TAC).
- Seguros obrigatórios (em alguns tipos de financiamento).
- Impostos e outros encargos adicionais.
Como o CET Funciona
O CET é expresso em percentual anual e reflete o custo real que o cliente pagará pelo crédito ou financiamento ao longo do tempo. Isso significa que o CET proporciona uma visão mais completa e realista dos custos envolvidos, indo além da taxa de juros nominal.
Por exemplo, ao contratar um financiamento, pode haver diversas taxas e custos que aumentam o valor final a ser pago. O CET reúne todas essas cobranças em um único percentual, facilitando a comparação entre as diferentes ofertas de crédito ou financiamento.
Importância do CET
- Comparação entre ofertas: O CET permite que o consumidor compare com mais clareza as ofertas de crédito, já que incorpora todos os custos e não apenas os juros.
- Transparência: A divulgação do CET é obrigatória pelas instituições financeiras, garantindo mais transparência para o consumidor sobre o custo real do financiamento.
- Custo real: Ao analisar o CET, o cliente tem uma visão clara do quanto pagará ao final do contrato, evitando surpresas e cálculos incompletos baseados apenas nos juros.
Exemplo Prático
Se você está financiando um veículo, a taxa de juros pode ser de 1,5% ao mês. No entanto, ao incluir as taxas administrativas, o seguro e outros encargos, o CET pode ser 2% ao mês, representando o custo real do financiamento.
Veja também: O que é o CET e qual sua importância para os financiamentos?
Como escolher um financiamento baseado no CET
Escolher um financiamento com base no CET (Custo Efetivo Total) é uma decisão importante para garantir que você tenha uma visão clara do custo real do financiamento, além de conseguir economizar ao longo do contrato. Aqui estão os passos e dicas para fazer uma escolha consciente com base no CET:
1. Compare o CET de Diferentes Instituições
O CET é a melhor forma de comparar financiamentos entre instituições, pois inclui todas as taxas, encargos e custos além dos juros. Portanto, ao analisar diferentes opções de financiamento, sempre peça o CET de cada proposta.
- Não se baseie apenas na taxa de juros nominal que é anunciada. O CET é mais abrangente e oferece uma visão completa do valor total a ser pago.
Dica: Priorize sempre a oferta com o CET mais baixo, pois isso indica que, no final do contrato, você pagará menos pelo financiamento, mesmo que a taxa de juros nominal seja aparentemente similar em todas as ofertas.
2. Analise Todos os Componentes do CET
O CET é composto por vários elementos, e é importante entender quais taxas e encargos estão incluídos, como:
- Juros nominais: A taxa de juros do financiamento.
- Taxas administrativas: Custos relacionados à administração do crédito.
- Seguros obrigatórios: Alguns financiamentos, como de veículos ou imóveis, incluem seguros obrigatórios.
- Impostos: Cobrados sobre as operações de crédito, como IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Entender esses componentes ajuda a identificar o que está sendo cobrado e onde você pode tentar negociar para reduzir o valor total.
Dica: Se possível, pergunte à instituição financeira sobre a possibilidade de reduzir ou isentar taxas que compõem o CET, como as taxas de administração ou abertura de crédito (TAC).
3. Considere o Prazo do Financiamento
O prazo do financiamento afeta diretamente o CET. Quanto mais longo for o prazo, maior será o CET, pois os juros e outros encargos incidem por um período mais prolongado.
- Prazos curtos: Geralmente têm um CET menor, já que o valor total financiado será quitado em menos tempo e, consequentemente, incidirão menos juros.
- Prazos longos: As parcelas são menores, mas o custo final, representado pelo CET, será maior devido à maior incidência de juros e encargos ao longo do tempo.
Dica: Equilibre o prazo com o valor das parcelas, buscando um CET menor, mas mantendo parcelas que sejam compatíveis com o seu orçamento.
4. Verifique a Flexibilidade para Amortização Antecipada
Alguns financiamentos permitem a amortização antecipada sem a cobrança de multas ou penalidades, o que pode ajudar a reduzir o CET. Se você pretende amortizar ou quitar o financiamento antes do prazo final, verifique se a instituição permite essa opção sem custos adicionais.
Dica: Prefira financiamentos que ofereçam flexibilidade para amortização antecipada e que permitam a redução do saldo devedor e, consequentemente, do CET.
5. Evite Financiamentos com Taxas Ocultas
Certifique-se de que todas as taxas e encargos estão claramente descritos no contrato. Isso ajuda a evitar surpresas futuras e garante que você esteja ciente de todos os custos que compõem o CET.
Dica: Leia o contrato com atenção e, se necessário, consulte um especialista para garantir que todas as informações sobre o CET estejam corretas e detalhadas.
6. Considere Outros Benefícios
Além do CET, algumas instituições financeiras oferecem benefícios adicionais no financiamento, como:
- Descontos em seguros (para financiamentos de veículos, por exemplo).
- Programas de fidelidade ou cashback.
Esses benefícios podem ajudar a compensar um CET um pouco mais alto, desde que as vantagens oferecidas agreguem valor ao seu perfil de consumo.
Dica: Avalie os benefícios e compare com o CET. Se os benefícios forem relevantes para você, pode valer a pena escolher um financiamento com CET um pouco maior, mas que ofereça vantagens.
7. Faça Simulações
Antes de fechar o contrato, use as ferramentas de simulação de financiamento disponíveis nos sites das instituições financeiras. Isso permite que você veja como o CET afeta o valor total a ser pago ao longo do tempo e ajuda a prever o impacto no seu orçamento.
- Faça várias simulações com valores diferentes de entrada, prazos e valores de parcela para verificar como o CET varia em cada cenário.
Dica: Simule não apenas com a taxa de juros, mas peça para incluir o CET na simulação, para garantir que o cálculo reflita o custo total do financiamento.
Veja tambem: Documentos necessários para um financiamento – Veja nosso guia
Além do CET de um financiamento, o que considerar?
Bem como o CET (Custo Efetivo Total), há outros fatores importantes que você deve considerar ao escolher um financiamento, pois eles também podem afetar o custo total e a viabilidade do contrato a longo prazo. Abaixo estão os principais elementos a serem avaliados além do CET para tomar uma decisão mais completa e informada:
1. Taxa de Juros Nominal
Embora o CET seja mais abrangente, a taxa de juros nominal é o principal componente de qualquer financiamento e deve ser avaliada com atenção. Ela define o custo básico do financiamento ao longo do tempo e, por isso, é crucial compará-lo entre as ofertas.
- Taxa fixa: Os juros permanecem os mesmos durante todo o contrato, o que oferece maior previsibilidade sobre o valor das parcelas.
- Taxa variável: Os juros podem ser ajustados ao longo do tempo, dependendo de índices como a Taxa Selic ou o IGP-M. Isso pode resultar em variações no valor das parcelas, tanto para mais quanto para menos.
Dica: Prefira financiamentos com taxa de juros fixa se você busca estabilidade e previsibilidade no valor das parcelas. Caso opte por uma taxa variável, certifique-se de entender os riscos e como as variações econômicas podem afetar os pagamentos.
2. Prazo de Pagamento
O prazo de pagamento tem um grande impacto no custo total do financiamento. Prazos mais longos resultam em parcelas menores, mas você pagará mais juros ao longo do tempo, aumentando o valor total desembolsado.
- Prazo curto: Menos tempo para quitar o financiamento, maior o valor das parcelas, mas o custo total será menor.
- Prazo longo: Parcelas menores, mas um custo total maior devido ao maior acúmulo de juros ao longo do tempo.
Dica: Busque um equilíbrio entre prazo e valor das parcelas, considerando seu orçamento mensal. Financiamentos com prazos muito longos podem parecer vantajosos pelas parcelas menores, mas podem aumentar consideravelmente o custo final.
3. Valor da Entrada
O valor da entrada (ou pagamento inicial) é um dos fatores que podem reduzir significativamente o montante a ser financiado e, consequentemente, o total de juros pagos.
- Entrada maior: Reduz o valor financiado e o custo total do empréstimo.
- Entrada menor: Aumenta o valor financiado e, consequentemente, o montante total a ser pago ao longo do tempo.
Dica: Sempre que possível, dê uma entrada maior, pois isso diminui o valor que será financiado e o custo dos juros. Isso também pode resultar em uma aprovação mais fácil e melhores condições no financiamento.
4. Flexibilidade de Amortização e Quitação Antecipada
Verifique se o financiamento oferece flexibilidade para amortizar ou quitar o saldo devedor antes do prazo final, sem a cobrança de multas. Essa opção pode ser vantajosa caso você tenha recursos extras para diminuir ou eliminar a dívida mais cedo.
- Amortização antecipada: Permite pagar parte do saldo devedor, reduzindo o número de parcelas ou o valor de cada uma.
- Quitação antecipada: Permite encerrar o contrato antes do prazo, eliminando o pagamento de juros futuros.
Dica: Prefira financiamentos que permitam a amortização e quitação sem penalidades, pois isso oferece flexibilidade para ajustar o contrato de acordo com sua situação financeira futura.
5. Seguros Obrigatórios
Alguns financiamentos, especialmente os imobiliários e de veículos, incluem seguros obrigatórios. Eles protegem tanto o credor quanto o tomador do empréstimo, mas aumentam o custo do financiamento.
- Seguro de vida: Comum em financiamentos de longo prazo, como o imobiliário, para garantir a quitação do saldo devedor em caso de falecimento.
- Seguro de danos: Em financiamentos de veículos, cobre roubo, colisão ou danos ao bem financiado.
Dica: Certifique-se de entender todos os seguros incluídos no contrato, seus benefícios e seus custos. Em alguns casos, pode haver a possibilidade de negociar o valor ou buscar alternativas mais baratas.
6. Multas e Encargos por Atraso
É importante entender as multas e encargos aplicados em caso de atraso no pagamento das parcelas. Financiamentos com multas altas podem se tornar muito onerosos em situações de inadimplência.
- Multa por atraso: Geralmente, é uma porcentagem sobre o valor da parcela em atraso (ex.: 2% a 5%).
- Juros de mora: Juros diários cobrados sobre o valor da parcela em atraso.
Dica: Verifique as condições no contrato para saber quais são os encargos e multas em caso de atraso. Tente negociar prazos de tolerância ou encargos menores, se possível.
7. Capacidade de Pagamento
Antes de contratar qualquer financiamento, é essencial avaliar sua capacidade de pagamento e como o valor das parcelas vai impactar seu orçamento mensal. Evite comprometer mais de 30% da sua renda com o financiamento, para manter uma margem de segurança em caso de imprevistos financeiros.
Dica: Faça uma análise realista do seu orçamento e inclua uma margem de segurança para imprevistos. Use simuladores de financiamento para prever o impacto das parcelas no seu orçamento antes de fechar o contrato.
8. Reajuste de Parcelas
Alguns financiamentos, especialmente os de longo prazo, têm reajustes nas parcelas, com base em índices de inflação ou outros indicadores, como o IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado) ou a TR (Taxa Referencial). Isso pode fazer com que as parcelas aumentem ao longo do tempo.
Dica: Prefira financiamentos com parcelas fixas ou com reajustes previsíveis, para evitar surpresas com aumentos significativos nas parcelas durante o contrato.
9. Instituição Financeira e Atendimento
A reputação da instituição financeira e o nível de atendimento ao cliente também devem ser considerados. Financiamentos são compromissos de longo prazo, e é importante escolher uma instituição que ofereça transparência, bom suporte ao cliente e facilidade de negociação em caso de dificuldades.
Dica: Pesquise sobre a reputação da instituição em sites de avaliação, como o Reclame Aqui, para garantir que você estará lidando com uma empresa confiável.
10. Possibilidade de Portabilidade
A portabilidade de financiamento permite que você transfira sua dívida para outra instituição que ofereça melhores condições, como taxas de juros mais baixas. Verifique se o contrato permite essa portabilidade sem custos adicionais, caso surja uma oportunidade de refinanciamento mais vantajosa no futuro.
Dica: Sempre esteja atento às oportunidades de portabilidade, caso as condições de mercado mudem e você consiga reduzir seus custos totais com outra instituição.
Conclusão
Além de considerar o CET, é importante avaliar outros fatores como taxa de juros, prazo, entrada, flexibilidade de amortização, seguros obrigatórios, e sua capacidade de pagamento. Ao analisar cuidadosamente todos esses elementos, você poderá escolher o financiamento mais adequado para suas necessidades e garantir que ele se encaixe no seu orçamento sem surpresas desagradáveis no futuro.
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