Antes de fazer um financiamento para adquirir sua casa própria é necessário ter um bom planejamento. Há vários elementos para se preocupar ao fazer um financiamento além de só a taxa de juros. Neste artigo veremos como se planejar para começar o financiamento da casa própria entendendo todos os passos a serem considerados para esse processo. Assim, sua decisão fica mais assertiva em qual financiamento contratar.

Importância do planejamento ao fazer um financiamento da casa própria

Planejar financeiramente antes de comprar uma casa própria é muito importante, pois esse é um compromisso de longo prazo que pode impactar bastante as suas finanças. Antes de decidir pelo financiamento, é essencial avaliar quanto da sua renda mensal pode ser usada para pagar as parcelas sem prejudicar outras áreas da sua vida financeira.

Escolher o tipo certo de financiamento é crucial por existirem várias opções, cada uma com suas próprias taxas de juros, prazos de pagamento e condições específicas. Encontrar a que melhor se encaixa no seu perfil e possibilidades econômicas é fundamental.

Entender como os juros compostos afetam o total a ser pago é essencial. Isso pode influenciar a sua estratégia de pagamento, ajudando a reduzir o valor total dos juros. Também é vital manter uma reserva de emergência, pois imprevistos acontecem e, sem um fundo adequado, você pode ter dificuldades para pagar as parcelas do financiamento, colocando sua casa em risco.

Lembre-se dos custos adicionais na compra de um imóvel, como impostos, taxas de corretagem e despesas de cartório. Planejar esses custos evita surpresas desagradáveis.

Por tanto, um financiamento da casa própria é uma decisão de longo prazo, geralmente durando décadas. Um planejamento cuidadoso permite ajustar o orçamento para acomodar futuros investimentos, educação dos filhos, aposentadoria e outras metas financeiras. Planejar financeiramente também permite simular diferentes cenários econômicos, como mudanças na taxa de juros ou na renda, preparando você para qualquer eventualidade e minimizando riscos e estresse financeiro no futuro.

Como escolher o melhor financiamento

Para escolher o melhor financiamento imobiliário há vários fatores que devem ser analisados dentro de todo o processo de aquisição do imóvel. Esses fatores são apresentados a seguir.

Taxa de juros

A taxa de juros em um financiamento imobiliário é essencial para determinar o custo adicional que o comprador pagará sobre o valor emprestado. Esta taxa influencia diretamente o valor das parcelas mensais e o custo total do empréstimo. Taxas de juros mais altas resultam em parcelas mais caras, aumentando o custo geral do financiamento e afetando a capacidade de pagamento do comprador. Além disso, a taxa de juros tem um papel importante na acessibilidade ao crédito e pode influenciar decisões de compra, como adiar ou acelerar a aquisição de um imóvel.

Custo Efetivo Total

O CET, sigla para Custo Efetivo Total, é um indicador extremamente importante em qualquer tipo de financiamento, incluindo o financiamento imobiliário. Ele representa o custo total de um empréstimo ou financiamento para o consumidor, expresso na forma de uma taxa percentual anual sobre o valor total emprestado.

O CET inclui não apenas os juros da operação, mas também todas as taxas, tributos, seguros e demais despesas que recaem sobre o crédito. Esses elementos podem incluir taxas administrativas, tarifas de avaliação do imóvel, seguros obrigatórios (como o de morte e invalidez e o de danos físicos ao imóvel), entre outros custos que podem ser embutidos no financiamento.

A principal utilidade do CET é proporcionar ao consumidor uma visão mais clara e completa do custo real do financiamento, permitindo que compare diferentes ofertas de crédito de maneira mais justa e transparente. Ao considerar apenas a taxa de juros, pode-se ter uma visão distorcida do custo real, pois diferentes instituições podem incluir variados encargos adicionais que afetam o total a ser pago.

Burocracia e Contrato

A análise dos custos associados à burocracia e ao contrato de um financiamento imobiliário é fundamental por várias razões, todas contribuindo para uma gestão financeira mais consciente e eficiente. Esses custos, muitas vezes subestimados ou negligenciados na empolgação da compra de um imóvel, podem significar um acréscimo considerável ao montante financiado e influenciar significativamente as condições gerais do financiamento.

Valor da entrada

O valor de entrada em um financiamento imobiliário refere-se à quantia paga antecipadamente pelo comprador antes de iniciar o pagamento das parcelas do financiamento. Este valor é geralmente expresso como uma porcentagem do preço total do imóvel. Comumente, os bancos exigem uma entrada que pode variar de 10% a 30% do valor total do imóvel, embora isso possa variar dependendo da política do banco e da situação financeira do comprador.

Seguros

Ao realizar um financiamento imobiliário, existem seguros obrigatórios que devem ser contratados conforme determinação legal e outros que são fortemente recomendados por razões de segurança financeira. Os seguros obrigatórios geralmente incluídos no financiamento são:

  1. Seguro de Morte e Invalidez Permanente (MIP): Este seguro cobre o saldo devedor do financiamento no caso de morte ou invalidez permanente do titular do financiamento. Dessa forma, a dívida não é transferida para os herdeiros ou dependentes financeiros, proporcionando uma segurança para a família.
  2. Seguro de Danos Físicos ao Imóvel (DFI): Protege o imóvel contra riscos como incêndio, inundação, desmoronamento e outros acidentes que comprometam a estrutura física da propriedade. Este seguro é importante para garantir que o bem que serve de garantia ao crédito esteja protegido, mantendo o valor do ativo.

Veja também: Como calcular juros de financiamento – Passo a passo

Possibilidade da portabilidade

A portabilidade de um financiamento imobiliário é um processo pelo qual você pode transferir seu empréstimo hipotecário de uma instituição financeira para outra, geralmente em busca de condições mais vantajosas, como taxas de juros mais baixas. Isso é possível graças à regulação do Banco Central do Brasil, que visa promover a concorrência entre os bancos e permitir que os consumidores escolham a melhor oferta disponível. Veja como funciona o processo:

  • Avaliação de Ofertas: O primeiro passo é pesquisar e comparar as taxas de juros e outras condições oferecidas por diferentes bancos. Se você encontrar uma oferta mais vantajosa do que a condição atual do seu financiamento, pode iniciar o processo de portabilidade.
  • Solicitação ao Banco Atual: Você deve informar ao seu banco atual que deseja realizar a portabilidade do seu crédito. O banco tem a obrigação de fornecer todas as informações necessárias sobre o saldo devedor e as condições do financiamento vigente.
  • Proposta do Novo Banco: Com as informações em mãos, você apresenta os dados ao banco que oferece as melhores condições. Esse banco analisará seu pedido, fará uma avaliação de crédito e, se aprovado, apresentará uma proposta formal de financiamento.
  • Formalização e Liquidação: Se você aceitar a proposta, o novo banco providenciará a transferência dos recursos necessários para quitar o saldo devedor com o banco original. Uma vez que o saldo devedor seja liquidado, o financiamento com o banco antigo é encerrado, e o novo financiamento passa a vigorar com as novas condições acordadas.
  • Transferência de Garantias: Como o financiamento imobiliário está geralmente atrelado a uma garantia real (como o próprio imóvel financiado), a portabilidade também envolve a transferência dessa garantia do banco original para o novo banco. Isso pode envolver custos de cartório, que algumas vezes são absorvidos pelo banco receptor como incentivo à portabilidade.

A portabilidade pode ser uma excelente estratégia para reduzir os custos de um financiamento imobiliário, mas é importante considerar todos os custos envolvidos, incluindo tarifas de transferência e outros encargos que possam surgir durante o processo. Avaliar cuidadosamente e comparar propostas detalhadamente são passos essenciais para garantir que a decisão de transferir o financiamento seja de fato vantajosa.

Veja também: Qual a diferença de financiamento e consórcio?

Cuidado com a sua saúde financeira ao fazer o financiamento da casa própria

Antes de se comprometer com um financiamento imobiliário, é fundamental tomar alguns cuidados para não prejudicar sua saúde financeira. Primeiramente, avalie sua capacidade financeira para assegurar que as parcelas do financiamento estejam em um limite que não comprometa outros aspectos essenciais do seu orçamento, como alimentação, educação e saúde. Faça uma simulação detalhada dos pagamentos ao longo do tempo, considerando também os custos adicionais como taxas, impostos e manutenção do imóvel.

Além disso, é importante verificar as taxas de juros e as condições de pagamento oferecidas por diferentes instituições financeiras para encontrar a melhor oferta. A pesquisa minuciosa pode ajudar a evitar surpresas desagradáveis no futuro. Por último, mantenha uma reserva de emergência sólida para enfrentar possíveis imprevistos sem a necessidade de comprometer o pagamento das parcelas do financiamento. Esses passos ajudarão a manter sua saúde financeira segura enquanto você realiza o sonho da casa própria.

Gostou das dicas? Veja também nosso artigo de Como usar o FGTS no meu financiamento? [GUIA PRÁTICO]

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