A inflação está presente em nossas vidas todo o dia. Portanto, é importante entendermos o que ela significa no dia-a-dia e para nosso planejamento financeiro. Sua compreensão pode abrir nossos olhos para várias decisões mais assertivas, como a escolha de um financiamento ou de um investimento. Entenda neste artigo o que é inflação e como isso afeta minha vida.

O que é inflação?

Inflação é o aumento dos preços de bens e serviços em um determinado período. Ela implica diminuição do poder de compra da moeda. Em outras palavras, o preço dos produtos aumentaram sem o aumento da renda das pessoas para acompanhar.

As causas da inflação podem ser diversas, mas estão geralmente relacionadas a:

  • Desequilíbrio entre oferta e demanda: ou seja, quando a produção de um produto ou serviço não atende a necessidade da população. Exemplo: álcool em gel na época da pandemia.
  • Aumento dos custos de produção: isto é, quando um produto da base da produção de outro tem seu valor aumentado, refletindo no produto final. Exemplo: O preço do grão de soja aumenta, consequentemente, aumenta o preço do óleo de soja.
  • Maior emissão de papel-moeda: que significa maior dinheiro circulando na economia. A emissão de dinheiro na economia é controlada pelo Banco Central.
  • Expectativa sobre a flutuação na taxa inflacionária: ou seja, a inflação tem muito fator psicológico na população. Portanto, se as pessoas esperam que algum produto irá aumentar de preço, muitas irão estocar esse produto para “economizar”, o esgotando.

As consequências da inflação podem ser negativas para a economia e para a população, por poderem gerar o encarecimento de produtos, a redução do poder de compra, a desvalorização da moeda nacional e a queda nos investimentos estrangeiros.

Algumas possíveis medidas para reduzir a inflação são o aumento das taxas de juros, a ampliação da estrutura produtiva e a redução dos gastos públicos.

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Como medir a inflação?

A inflação é medida pelos índices de preços. Onde, no Brasil, temos dois dos mais importantes para o mercado financeiro: o IPCA e o IGP-M.

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o índice utilizado no sistema de metas para a inflação. Ele é calculado pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Ele é o índice principal da inflação em nosso país, pois, por ser calculado pelo governo, é o índice base no monitoramento da inflação que o Banco Central toma suas decisões de equilíbrio na economia.

Para seu cálculo ser feito, o IBGE utiliza de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias. Ao todo são 377 itens na lista, incluindo desde arroz e feijão até roupas, mensalidades escolares, aparelhos eletrônicos e gasolina.

IGP-M

Já o IGP-M, ele também é um índice de inflação bem importante no Brasil, mas é calculado por outra instituição, a FGV (Fundação Getúlio Vargas).

O IGP-M é calculado de forma diferente do IPCA, sendo O valor mensal do IGP-M definido a partir da média aritmética ponderada das versões “M” dos índices IPA, IPC e INCC, outros índices da FGV.

Porém, para simplificarmos o entendimento, a maior diferença do IGP-M para o IPCA, é que o índice da FGV considera a variação cambial. Logo, se nossa moeda desvalorizar, este indicador tem maior variação, geralmente com aumento.

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Como isso afeta minha vida?

A inflação em si afeta a vida de todos os brasileiros diariamente. Contudo, é interessante ter conhecimento sobre os índices de inflação para ter noção de como ele está afetando diretamente sua vida.

Por exemplo, se você vai ao supermercado e percebe que o arroz e feijão ficaram mais caros, mas o macarrão ficou mais barato, você sente na pele a inflação agindo. Mas ao ver o jornal local, e o jornalista falar que a inflação não aumentou muito no mês, você entenderá que isso ocorreu pela média dos produtos. Não foram todos que aumentaram de preço, alguns subiram e outros desceram seus preços.

Compreender o que é o IPCA lhe ajuda a entender melhor como está a economia do país, se está indo bem ou mal. E, no quesito de investimentos, o IPCA é utilizado para alguns produtos como seu indexador de rendimentos. Ou seja, investimentos que usam o IPCA como base são aqueles que protegem seu dinheiro da desvalorização, não havendo perda de poder de compra daquele valor.

Para o IGP-M, ele é bastante utilizado para reajuste de valores na maioria dos contratos de locação de imóveis. Assim, ficando conhecido como “inflação do aluguel”.  Contudo, também é possível encontrarmos o índice sendo aplicado nos reajustes de mensalidades escolares, de tarifas de energia elétrica e de determinadas modalidades de seguros e planos de saúde.

Além de estar presente também no reajuste de juros de financiamento imobiliários para muitos contratos feitos por bancos. Ou seja, ao fazer um financiamento de um imóvel, é importante ter cuidado caso ele seja indexado ao IGP-M, pois esse índice é mais volátil que o IPCA ou a Selic.

Inflação é ruim, então o bom é ter deflação?

A resposta é não. A deflação acontece quando ao invés do preço dos produtos e serviços aumentarem, eles diminuem ao longo do tempo. Mas por que isso seria ruim para a economia?

Pois, apesar da inflação assustar muitos brasileiros, pelo seu histórico de descontrole no passado, ela indica crescimento econômico. Cenários de deflação mostram que a economia daquele país está diminuindo ou desacelerando.

O cenário ideal, então, é o de inflação na economia, mas com crescimento baixo, em média 2% ao ano. Isso mostra que aquela economia está em crescimento, mas naturalmente, sem prejudicar a população.

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