Você aspira adquirir um imóvel? Você já considerou todos os custos para conseguir comprá-lo? Engana-se se você pensa que só precisa se preocupar com as parcelas do seu futuro financiamento, há vários custos envolvidos neste processo. Veja todas as etapas a serem passadas em um financiamento e quanto custa para adquirir um imóvel neste artigo considerando todos os elementos necessários.
Como é o processo completo de um financiamento imobiliário?
O processo de financiamento imobiliário envolve várias etapas, desde a escolha do imóvel até a liberação do crédito e assinatura do contrato. Aqui está uma descrição detalhada das etapas envolvidas:
1. Planejamento e Pesquisa Inicial
- Avaliação das Necessidades: Defina o tipo de imóvel desejado, localização e orçamento disponível.
- Pesquisa de Imóveis: Procure imóveis que atendam aos seus critérios. Utilize sites de imobiliárias, anúncios e visitas a feirões de imóveis.
2. Simulação de Financiamento
- Ferramentas Online: Utilize simuladores de financiamento disponíveis em sites de bancos e instituições financeiras para ter uma ideia das condições de pagamento, taxas de juros e prazos.
- Consultoria Financeira: Consulte um especialista em financiamento imobiliário para orientações personalizadas.
3. Escolha do Imóvel
- Visitas e Avaliação: Faça visitas aos imóveis selecionados, avalie a infraestrutura, condições e documentação.
- Proposta de Compra: Faça uma proposta de compra ao proprietário ou à imobiliária e negocie o preço.
4. Documentação e Análise de Crédito
- Documentação Pessoal: Prepare os documentos necessários, como RG, CPF, comprovantes de renda e residência.
- Documentação do Imóvel: Certidões negativas, matrícula atualizada, IPTU, entre outros.
- Análise de Crédito: Envie a documentação para a instituição financeira que fará a análise do seu perfil de crédito e capacidade de pagamento.
5. Aprovação do Crédito
- Avaliação do Imóvel: A instituição financeira realizará uma avaliação do imóvel para garantir que o valor pedido está de acordo com o mercado.
- Aprovação: Após a análise, o banco aprova o crédito e define as condições do financiamento, como valor financiado, taxa de juros, número de parcelas e valor da entrada.
6. Assinatura do Contrato
- Revisão das Condições: Revise todas as condições do contrato de financiamento e tire quaisquer dúvidas antes da assinatura.
- Assinatura: Assine o contrato de financiamento imobiliário. Este passo pode ocorrer no banco ou em um cartório.
7. Liberação do Crédito
- Liberação dos Recursos: Após a assinatura do contrato, o banco libera o valor financiado diretamente ao vendedor do imóvel.
- Registro do Imóvel: O contrato deve ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis, transferindo a propriedade para o comprador e formalizando o financiamento.
8. Pagamento das Parcelas
- Início dos Pagamentos: Comece a pagar as parcelas do financiamento conforme estipulado no contrato.
- Amortização e Juros: As parcelas incluem a amortização do valor financiado e os juros aplicáveis. O sistema de amortização pode ser SAC (Sistema de Amortização Constante) ou Price (Tabela Price).
9. Acompanhamento e Gestão Financeira
- Manutenção do Pagamento em Dia: Mantenha os pagamentos das parcelas em dia para evitar juros de mora e outras penalidades.
- Reajustes e Taxas: Esteja atento aos reajustes periódicos que podem ocorrer, geralmente anuais, conforme o contrato.
10. Quitação do Financiamento
- Amortizações Extraordinárias: Caso deseje, faça amortizações extraordinárias para reduzir o saldo devedor e/ou o prazo do financiamento.
- Liquidação Antecipada: Se possível, quite antecipadamente o financiamento para economizar nos juros totais pagos.
11. Transferência Definitiva de Propriedade
- Documento de Quitação: Ao final do pagamento de todas as parcelas, obtenha o documento de quitação do banco.
- Baixa na Hipoteca: Registre a quitação no Cartório de Registro de Imóveis, retirando qualquer ônus sobre o imóvel e garantindo a propriedade plena.
Veja também: Como solicitar um financiamento imobiliário Bradesco? [GUIA PRÁTICO]
O que é o CET?
O CET, ou Custo Efetivo Total, é uma medida que representa o custo total de um empréstimo ou financiamento, expressa em forma de percentual anual. Ele inclui todos os encargos e despesas incidentes sobre a operação de crédito, além da taxa de juros nominal. Entre esses encargos e despesas estão:
- Taxa de Juros: A taxa de juros nominal acordada entre o tomador e a instituição financeira.
- Tarifas Administrativas: Taxas cobradas pelo banco ou instituição financeira pela administração do empréstimo ou financiamento.
- Seguros: Prêmios de seguros que podem ser obrigatórios, como seguros de vida ou de proteção ao crédito.
- Taxas de Serviços de Terceiros: Custos com serviços prestados por terceiros, como avaliação de imóveis ou análise de crédito.
- Impostos: Tributos que incidem sobre a operação de crédito.
- Outros Encargos: Qualquer outra despesa obrigatória relacionada ao financiamento.
Importância do CET
- Transparência: O CET proporciona uma visão clara e completa do custo real do crédito, permitindo que o tomador de empréstimo compare diferentes ofertas de forma justa e transparente.
- Comparabilidade: Facilita a comparação entre as diversas ofertas de crédito disponíveis no mercado por padronizar a apresentação dos custos envolvidos.
- Tomada de Decisão Informada: Ajuda o consumidor a entender todas as despesas envolvidas, evitando surpresas desagradáveis e permitindo uma melhor gestão financeira.
Como o CET é Calculado
O cálculo do CET é complexo, por englobar todos os custos diretos e indiretos relacionados ao empréstimo ou financiamento. Ele é expresso como uma taxa percentual anual, mesmo que o financiamento tenha um prazo diferente de um ano.
Exemplo de Aplicação
Se você está considerando um financiamento imobiliário, o banco deve informar não apenas a taxa de juros nominal, mas também o CET. O CET incluirá, além dos juros, todas as outras taxas e encargos que você pagará ao longo do período do financiamento. Ao comparar ofertas de diferentes bancos, a análise do CET permite uma avaliação mais precisa de qual oferta é realmente mais vantajosa.
Regulamentação
No Brasil, a divulgação do CET é obrigatória para todas as instituições financeiras, conforme regulamentação do Banco Central. Essa exigência visa proteger os consumidores e garantir maior transparência nas operações de crédito.
Custos com cartório e seguros
Os custos com cartório e seguros são componentes importantes a serem considerados em um financiamento imobiliário por poderem impactar significativamente o custo total da operação. Aqui está uma explicação detalhada sobre esses custos:
Custos com Cartório
- Escritura Pública:
O que é?: Documento que formaliza a compra e venda de um imóvel.
Custo: O valor varia consoante o estado e o valor do imóvel. Geralmente, é calculado com base em uma tabela de emolumentos definida pelo governo estadual. - Registro de Imóveis:
O que é?: Registro do contrato de financiamento e da escritura no Cartório de Registro de Imóveis, oficializando a transferência de propriedade.
Custo: Semelhante à escritura, o custo é baseado no valor do imóvel e nas tabelas estaduais de emolumentos. O registro é essencial para a segurança jurídica da transação. - ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis):
O que é?: Imposto municipal cobrado sobre a transferência de propriedade de imóveis.
Custo: Varia de 2% a 4% do valor venal do imóvel, dependendo do município.
Custos com Seguros
- Seguro de Danos Físicos do Imóvel (DFI):
O que é?: Seguro que cobre danos ao imóvel causados por eventos como incêndios, desastres naturais, entre outros.
Custo: Calculado com base no valor do imóvel e do financiamento. É obrigatório em financiamentos imobiliários e seu valor é incluso nas parcelas mensais. - Seguro de Morte ou Invalidez Permanente (MIP):
O que é?: Seguro que quita o saldo devedor do financiamento em caso de morte ou invalidez permanente do mutuário.
Custo: Calculado com base na idade do mutuário e no valor financiado. Também é obrigatório e o valor é distribuído nas parcelas mensais do financiamento.
Veja também: Como se planejar para começar o financiamento da casa própria?
A importância do planejamento para adquirir um imóvel
Adquirir um imóvel é uma das decisões financeiras mais importantes que uma pessoa pode tomar, e para que esse processo seja bem-sucedido, é essencial fazer um bom planejamento. O primeiro passo é avaliar sua capacidade financeira, entendendo quanto você pode gastar sem comprometer seu orçamento familiar. Isso evita a compra de um imóvel que não pode pagar confortavelmente e garante que as parcelas do financiamento caibam no seu bolso.
Escolher o imóvel adequado também faz parte do planejamento. Defina o tipo de imóvel que atenda às suas necessidades e preferências, considerando tamanho, localização e infraestrutura. Um planejamento adequado permite que você escolha um imóvel que realmente atenda às suas expectativas, evitando arrependimentos futuros.
Analisar as opções de financiamento é fundamental. Pesquisar e comparar diferentes ofertas de financiamento ajuda a encontrar as melhores condições, como taxas de juros mais baixas e prazos mais longos, resultando em economia no longo prazo. Além do preço do imóvel, preveja todos os gastos adicionais, como taxas de cartório, ITBI, seguros e custos de mudança. Considerar esses custos evita surpresas financeiras e garante que você esteja preparado para todas as despesas.
Criar uma reserva financeira para emergências é crucial. Ter um fundo de emergência proporciona segurança financeira e garante que você possa lidar com imprevistos sem comprometer os pagamentos do financiamento. Melhorar seu perfil de crédito antes de solicitar o financiamento também é importante, pois um bom score de crédito pode resultar em condições mais favoráveis.
Definir metas e prazos claros para a compra do imóvel ajuda a manter o foco e a disciplina. Buscar orientação de profissionais, como consultores financeiros, corretores de imóveis e advogados, também é fundamental para evitar erros e garantir uma transação segura.
Um bom planejamento traz segurança e tranquilidade, proporcionando a confiança necessária para fazer uma compra consciente e evitar estresse financeiro no futuro. Ser flexível e capaz de ajustar seu plano conforme mudanças na vida ou nas condições econômicas garante que você continue a cumprir suas obrigações financeiras mesmo em tempos de mudança.
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